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Arquitetos: Helen & Hard
- Ano: 2020
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Fotografias:Sindre Ellingsen
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Fabricantes: Blumer Lehmann
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto é um edifício contextual, mas de assinatura exemplar que, em conjunto com a praça proposta, configurou uma nova identidade e abertura para um maior desenvolvimento em Nord-Odal. A construção é o novo centro de cultura para os habitantes de Sand, o principal espaço de convivência com um baixo limiar de participação. Um espaço holístico com diversas funções que potencializam a sensação de propriedade para seus usuários, reunindo literatura, conhecimento, economia, tradição e história sob um mesmo teto. A Biblioteca Samling conecta a rua principal com o parque e a igreja do outro lado da rua, enquanto também dá acesso ao pátio do município na fachada posterior. Esta disposição, bem como a convidativa e transparente entrada principal fizeram do volume uma óbvia passagem urbana. Uma rua interna atravessa a sala principal da biblioteca, aumentando a vitalidade do prédio, e fazendo um convite para visitas não intencionais, como conhecer pessoas, trazer um jornal ou livro, ou fazer uma pequena pausa para o café.
O edifício é relativamente compacto, com um átrio aberto no centro. Um espaço tranquilo, que reúne as diferentes funções e, ao mesmo tempo, oferece uma transparência para que as pessoas se vejam. A geometria radial define o layout do edifício a partir deste centro. Dez apartamentos foram situados acima dos escritórios e foram orientados para a face sul e oeste, possibilitando um pé-direito generoso na biblioteca.
O princípio de organização radial intrínseca do edifício realça o dinamismo das fachadas, as paredes externas ganharam um toque suave pelo movimento das sacadas. Elas foram projetadas de forma que nenhuma divisão vertical entre os apartamentos fosse necessária, as unidades são profundas na frente da sala de estar e da cozinha, e se tornam varandas estreitas para os quartos. As fachadas foram revestidas com ripas verticais de madeira, que brincam em torno de todo o edifício em faixas horizontais. Esta pele de madeira dá ao volume um efeito de profundidade e cria uma expressão arquitetônica holística, e, ao mesmo tempo, diferenciada. As grandes superfícies de vidro dos espaços públicos proporcionam uma película transparente entre o interior e o exterior, enriquecendo a sua conexão visual.
Quase todos os elementos da construção foram feitos de madeira, um material ecologicamente correto, mas também com qualidades estéticas e sensoriais únicas. Por ter um uso substancial de madeira, o edifício inspira uma sociedade mais sustentável e responsável, refletindo a herança cultural das construções em madeira e da indústria madeireira local. O característico forro de lamela de madeira esconde os equipamentos técnicos, enquanto se expande criando estantes e brises solares. As curvas suaves da cobertura e da estrutura foram elementos importantes para a experiência e qualidade dos escritórios do banco, da biblioteca e das áreas comuns.